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Olhos na mira do câncer

Assim como outras partes do corpo, os olhos também podem desenvolver câncer. O melanoma ocular é um tipo de tumor maligno que se desenvolve nas células que produzem a melanina – pigmento que dá a cor aos seus olhos e pele. Estima-se que essa doença atinja entre quatro a seis indivíduos em um grupo de um milhão a cada ano.

A maioria dos melanomas oculares se formam em uma parte do olho em que não é possível enxergar no espelho e, normalmente, não causam sinais ou sintomas iniciais, o que pode dificultar a detecção precoce da doença.

Fatores de risco

– Olhos azul ou verdes
– Pele branca
– Idade avançada
– Distúrbios de pele hereditários. Uma condição, chamada síndrome do nevo displásico, pode aumentar o risco de desenvolver tanto melanoma na pele quanto nos olhos
– Pessoas com pigmentação cutânea anormal que envolve as pálpebras e os tecidos adjacentes e o aumento da pigmentação na uvea – conhecida como melanocitose ocular – também apresentam maior risco de desenvolver melanoma ocular
– Exposição à luz ultravioleta (UV). Há evidências de que a exposição à luz UV, como a luz do sol ou de câmaras de bronzeamento, pode aumentar o risco de melanoma ocular

Sintomas

O melanoma ocular pode não causar sintomas. No entanto, em alguns casos, a pessoa pode apresentar:

• Um ponto escuro crescente na íris
• Sensação de luzes piscando
• Uma mudança na forma do círculo escuro (pupila)
• Visão embaçada em um olho
• Perda de visão periférica
• Sensação de flashes e manchas

Diagnóstico e tratamento

A detecção precoce do câncer no olho é fundamental para o prognóstico do paciente. Portanto, visite o oftalmologista anualmente para um check-up oftalmológico.
Para o diagnóstico do melanoma ocular, o oftalmologista poderá realizar exames como mapeamento da retina, ultrassonografia do globo ocular, angiofluoresceinografia (análise da vascularização intraocular) e ressonância nuclear magnética.
O tratamento para o melanoma ocular irá depender do tamanho e localização do tumor e envolve o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de médicos, que inclui oftalmologistas, oncologistas, psicólogos, entre outros especialistas.
O principal objetivo do tratamento é controlar a lesão tumoral, preservando os tecidos sadios próximos, além do olho e da visão. Entre as recomendações mais comuns estão a cirurgia para remover a parte do olho afetada, braquiterapia (radioterapia interna do tumor) e tratamentos com laser.

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