A pequena Amaryllis sempre sonhou em ser Médica. Na sua imaginação, num passe de mágica, ela mudava a vida das pessoas, realizava sonhos e devolvia a alegria de viver. 

Durante sua formação na USP, viu na Oftalmologia a oportunidade de concretizar suas aspirações e melhorar a vida das pessoas, devolvendo sua visão e permitindo a elas terem novos sonhos.  Especializou-se mais e mais e então iniciou a vida profissional.  Cheia de ideais, conseguiu seu primeiro emprego como Oftalmologista em uma conceituada clínica em São Paulo. Os primeiros pacientes vieram, e com eles veio também a frustração: a Oftalmologia que dominava o mercado não era a que sonhara.  Aquela Medicina não tratava pessoas, e sim, doenças.  Seres humanos eram simplesmente um número em uma sala de espera.  Exames e mais exames em dias distintos, e ninguém via o paciente como único, nem como um todo. Cinco minutos de consulta já bastavam para sair com o tratamento e sequer se olhava o rosto do paciente na despedida.