Embora a catarata seja uma doença muito comum entre pessoas acima dos 50 anos de idade, existem ainda diversos mitos que rodeiam essa condição, principalmente no que se refere à cirurgia.
Por esse motivo, esclarecemos a seguir algumas dúvidas frequentes:
1 – A cirurgia de catarata é perigosa e a recuperação pode demorar.
Mito. A cirurgia de catarata é um dos procedimentos cirúrgicos que mais avançaram nos últimos anos e apresenta altas taxas de sucesso. Porém, como em todo procedimento cirúrgico, pode envolver riscos, que devem ser discutidos previamente com o oftalmologista.
O tempo de recuperação vai depender da intensidade da inflamação do olho ao procedimento cirúrgico e grau evolutivo em que se encontrava a catarata. Geralmente, a visão tende a ficar embaçada nos primeiros dias depois do pós-operatório, podendo se recuperar rapidamente.
2 – A catarata pode voltar após a cirurgia.
Mito. A lente intraocular colocada no olho possui vida útil centenária e, portanto, a doença não voltará mais. O que pode ocorrer, em alguns casos, é um processo de fibrose na membrana que serve como suporte para a lente intraocular alguns meses após a cirurgia.
Dependendo da intensidade dessa fibrose, a membrana pode se tornar opaca prejudicando a visão. Mas, um procedimento a laser pode resolver o problema.
3 – A lente intraocular pode se deslocar depois de implantada.
Depende. Em situações normais, o deslocamento da lente intraocular é algo considerado raro. Porém, existem casos em que isso pode ocorrer. Converse com o seu oftalmologista para esclarecer suas dúvidas.
4 – É possível corrigir erros refrativos durante a cirurgia da catarata.
Verdade. Hoje em dia é possível corrigir miopia, astigmatismo e hipermetropia através das lentes intraoculares durante a cirurgia da catarata. Porém, essa correção dependerá de diversos fatores, como cicatrização e técnica cirúrgica utilizada.
5 – A anestesia utilizada é local.
Verdade. O oftalmologista irá anestesiar os olhos através de gotas anestésicas ou injeção de pequena quantidade de anestésico na região inferior da órbita – essa técnica é denominada bloqueio peribulbar – assim o globo permanece sem movimento e sem sensibilidade.